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terça-feira, 18 de março de 2014

Na Copa vai ter luta! Veja a matéria do Jornal Vias de Fato sobre servidores públicos e mobilizações populares!

Na Copa vai ter luta!

Veja a matéria do Jornal Vias de Fato sobre servidores públicos e mobilizações populares!

Vias de Fato deste mês de março de 2014!

Na Copa vai ter luta!

 Servidores federais de vários setores planejam mobilização conjunta para pressionar por salários, condições de trabalho e qualidade no serviço público


• “Jogando juntos a gente conquista serviço público padrão Fifa” é o lema da campanha salarial do funcionalismo para este ano;

• Professores das universidades federais de todo o país reuniram-se em São Luís para o Congresso do Andes – Sindicato Nacional e defenderam integração com as lutas sociais

Os servidores federais de vários ramos do poder Executivo e do Judiciário lançaram, nos estados, dia 22 de janeiro, a Campanha Salarial Unificada, com o lema “Jogando juntos a gente conquista serviço público padrão Fifa”. No início de fevereiro, foi a vez do lançamento nacional, em Brasília, com ato na Esplanada dos Ministérios, com representantes de várias categorias sendo recebidos no Planejamento. Eles prometeram lutar durante a Copa por melhores salários e também por qualidade na prestação do serviço público, e exigiram que o governo Dilma abra negociações como forma de assegurar o atendimento.

 Em São Luís, o lançamento estadual foi feito em frente ao Ministério da Saúde, no Parque do Bom Menino, no Centro, com servidores do Judiciário e do Ministério Público Federal, professores e técnicos do IFMA e da UFMA, do IBGE, da TV Brasil, da Previdência, entre outros setores.
Já em fevereiro, outra demonstração de que “Na Copa vai ter luta”, como dizem os sindicatos (entre estes os dos servidores) e os movimentos sociais: a Apruma, Seção Sindicato do Andes (Sindicato Nacional dos professores universitários) foi anfitriã do 33º Congresso Nacional da categoria, que aconteceu em São Luís com um lema muito próximo a estes clamores por mobilização dos servidores ligada aos movimentos que vêm acontecendo desde junho do ano passado no país: “ANDES-SN na defesa dos direitos dos trabalhadores: organização docente e integração nas lutas sociais”.

Paralisação nas universidades e nos demais setores – Ao final do Congresso dos professores, foi divulgada a Carta de São Luís, contendo as principais deliberações. Entre estas, um Dia Nacional de Paralisação, 19 de março, mesma data para a qual está prevista Marcha de diversos ramos do funcionalismo em Brasília. O objetivo é, como dito, pressionar o Governo Dilma a negociar e receber os trabalhadores, o que não tem sido feito nas campanhas dos anos anteriores, bem diferente da forma como é tratada a cúpula da Fifa, apontam vários ramos do serviço público federal. O anúncio de um dia de paralisação foi recebido, por alguns estudantes, das redes sociais, com preocupação. Essa não é entretanto, segundo o documento, ainda a data da greve, que está prevista para se iniciar até a primeira metade do mês de abril – caso Dilma não negocie com os servidores, ou seja: tudo vai depender da disposição ou da intransigência do Governo.

Relação com os Movimentos Sociais e denúncia da repressão e criminalização das lutas – a Carta de São Luís contém ainda diversos pontos que falam sobre a integração com as lutas sociais: “Em relação às questões agrárias, urbanas e ambientais, aprovou luta, juntamente com os demais movimentos sociais, contra a aprovação do Código de Mineração; de denúncia do retrocesso do Código Florestal aprovado, com ênfase na defesa do meio ambiente, dos direitos sociais e da reforma agrária; promover ações de denúncia dos problemas sociais e ambientais causados pelos megaempreendimentos como as hidroelétricas de Belo Monte e Jirau; intensificar as ações em defesa dos direitos dos povos tradicionais, indígenas, quilombolas e pescadores artesanais e camponeses; participar das ações que ocorrerão no país em 2014, com destaque para as lutas em defesa dos direitos sociais”.

Sobre a repressão, diz o documento: “O 33º Congresso, considerando as recentes orientações de caráter autoritário visando coibir a livre manifestação da população e a insatisfação popular, aprovou a denúncia e o combate à Portaria Normativa do Ministério da Defesa, nº 3461, de 19/12/2013, que retoma o regime de exceção no país e criminaliza os movimentos sociais; deliberou ainda realizar ampla campanha, em conjunto com a CSP-Conlutas e movimentos sociais, pela derrubada do PL 499/13, denunciando seu caráter repressivo e ditatorial que atenta contra as liberdades democráticas. O 33º Congresso considera inaceitáveis medidas inspiradas em ditames políticos internacionais que reeditam orientações de cunho fascista e totalmente descabidas”.

Integração nas ruas: centenas de professores de todo o país participam de ato “Fora Roseana” – Ainda como atividade de seu Congresso, centenas de professores juntaram-se, no dia 13 de fevereiro, a representantes de movimentos sindicais, sociais e estudantis, como CSP-Conlutas, Quilombo Raça e Classe, Quilombo Urbano, Quilombo Charco, Associação Quilombo Cruzeiro, Moquibom, Anel, Movimento Mulheres em Luta (MML) - e à população, para denunciar os problemas vividos pelo povo do Maranhão em relação à moradia, transporte, saneamento básico, alagamentos e a falta de acesso à educação e à saúde de qualidade, entre outros.
Mais uma vez, forte esquema policial impediu a subida dos manifestantes até a sede do Governo do Estado: enquanto destaca a polícia para barrar manifestações, o clima de insegurança segue em todo o Maranhão.

Expressões da cultura maranhense também estiveram presentes na manifestação, como o Tambor de Crioula. O ato foi mais um dos vários que vêm denunciando o Governo Roseana Sarney Murad, com repercussão inclusive na cena nacional. As lideranças dos movimentos quilombolas relataram a repressão do governo, com as ameaças sofridas diariamente e as inúmeras tentativas de extinção das comunidades tradicionais. Mesmo com todo o esquema policial montado, o ato público, mais uma vez, cumpriu com o objetivo de denunciar as mazelas das décadas de mando da Família Sarney, que fez do Maranhão o estado mais pobre do país.

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